Textos de luz
A fotografia é um recorte de um dado lugar, de um determinado ponto no espaço. Ela nos permite ir a lugares que ainda não conhecemos, permite que façamos uma viajem ao passado reconstruindo memórias. Estabelece contato com nossos antepassados e faz com que possamos reviver momentos. Pode ser utilizada como forma de expressão de um indivíduo. Dependendo da sua intenção, do sentir e do perceber a sua volta.
A palavra fotografia é de origem grega (photos = luz, graphein = escrita) e o ato fotográfico se dá na retenção de uma imagem por meio de um aparelho fotográfico, que pode ser mecânico, digital ou eletrônico, associado a um material fotossensível. Esse material fotossensível geralmente é constituído de sais de prata. O surgimento da fotografia aconteceu no ano de 1830 aproximadamente e, a sua invenção foi resultado de duas outras invenções anteriores. Uma de origem física e a outra de origem química. A primeira consistia na formação de imagens através de um dispositivo ótico e a segunda na ação da luz sobre substâncias à base de sais de prata.
A câmera fotográfica reproduz o funcionamento do olho humano. Sendo assim, é uma extensão do olho. Assim como no escuro não enxergamos imagem alguma a fotografia depende da luz para existir. Da mínima luz que seja. Assim, a luz é a essência da foto. É a fixação da luz no suporte que dá contorno ao objeto fotografado. A forma se define entre o claro e o escuro e, a luz e a sombra dão volume e profundidade. Na sua estrutura básica podemos encontrar vários elementos estudados para o desenho ou a pintura. Para a formação de uma imagem. Para a escolha do recorte “ideal”. Seu esqueleto é constituído por linhas, retângulos, triângulos, círculos, cruzamentos, sobreposições, perspectivas, planos e pontos de fuga. Cada objeto fará uma relação com o espaço a sua volta e esse espaço é determinado pelo olhar do fotógrafo. Vai de acordo com o que deseja dizer ou mostrar. Pequenos ou grandes recortes, as escolhas dos objetos e do ambiente ou da situação que será congelada pelo grande mágico podem mudar todo o sentido da foto.
A estética da fotografia é sempre reveladora da intenção do fotógrafo. Mesmo que não anuncie de imediato um dado fato, essa seria a sua intenção. A intenção de não deixar revelado por completo. De instigar os espectadores a refletir sobre o tema ou sobre a inexistência do mesmo. Ou puramente o desejo de causar experiência estética. Ou de sentir essa experiência.
De qualquer forma, toda fotografia exprime algo. Uma vontade, um desejo, uma sensação. Um “querer dizer algo” mesmo que não diga nada. Até mesmo uma criança pequena, que pode não entender as formas da imagem nem o mecanismo de um aparelho fotográfico, mas que, no ato fotográfico, exprime a vontade de apertar o botão da câmera e assim, marca essa vontade, congelando a si mesma ou a uma imagem qualquer que revela o contexto do lugar onde ela estava. A fotografia, assim dizendo, é para mim um texto confeccionado pela imaginação do artista/fotógrafo que revela o “querer dizer algo”, escrito com a luz.
"A questão decerto não é mais "qual a questão que nos é colocada por uma foto?", nem "o que um filósofo pode fazer com uma foto?" ..., mas antes "com o que uma fotografia pode ter algo a ver desde o momento em que se a faz?" (Denis Roche)
A palavra fotografia é de origem grega (photos = luz, graphein = escrita) e o ato fotográfico se dá na retenção de uma imagem por meio de um aparelho fotográfico, que pode ser mecânico, digital ou eletrônico, associado a um material fotossensível. Esse material fotossensível geralmente é constituído de sais de prata. O surgimento da fotografia aconteceu no ano de 1830 aproximadamente e, a sua invenção foi resultado de duas outras invenções anteriores. Uma de origem física e a outra de origem química. A primeira consistia na formação de imagens através de um dispositivo ótico e a segunda na ação da luz sobre substâncias à base de sais de prata.
A câmera fotográfica reproduz o funcionamento do olho humano. Sendo assim, é uma extensão do olho. Assim como no escuro não enxergamos imagem alguma a fotografia depende da luz para existir. Da mínima luz que seja. Assim, a luz é a essência da foto. É a fixação da luz no suporte que dá contorno ao objeto fotografado. A forma se define entre o claro e o escuro e, a luz e a sombra dão volume e profundidade. Na sua estrutura básica podemos encontrar vários elementos estudados para o desenho ou a pintura. Para a formação de uma imagem. Para a escolha do recorte “ideal”. Seu esqueleto é constituído por linhas, retângulos, triângulos, círculos, cruzamentos, sobreposições, perspectivas, planos e pontos de fuga. Cada objeto fará uma relação com o espaço a sua volta e esse espaço é determinado pelo olhar do fotógrafo. Vai de acordo com o que deseja dizer ou mostrar. Pequenos ou grandes recortes, as escolhas dos objetos e do ambiente ou da situação que será congelada pelo grande mágico podem mudar todo o sentido da foto.
A estética da fotografia é sempre reveladora da intenção do fotógrafo. Mesmo que não anuncie de imediato um dado fato, essa seria a sua intenção. A intenção de não deixar revelado por completo. De instigar os espectadores a refletir sobre o tema ou sobre a inexistência do mesmo. Ou puramente o desejo de causar experiência estética. Ou de sentir essa experiência.
De qualquer forma, toda fotografia exprime algo. Uma vontade, um desejo, uma sensação. Um “querer dizer algo” mesmo que não diga nada. Até mesmo uma criança pequena, que pode não entender as formas da imagem nem o mecanismo de um aparelho fotográfico, mas que, no ato fotográfico, exprime a vontade de apertar o botão da câmera e assim, marca essa vontade, congelando a si mesma ou a uma imagem qualquer que revela o contexto do lugar onde ela estava. A fotografia, assim dizendo, é para mim um texto confeccionado pela imaginação do artista/fotógrafo que revela o “querer dizer algo”, escrito com a luz.
"A questão decerto não é mais "qual a questão que nos é colocada por uma foto?", nem "o que um filósofo pode fazer com uma foto?" ..., mas antes "com o que uma fotografia pode ter algo a ver desde o momento em que se a faz?" (Denis Roche)
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