sábado, 6 de dezembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
O que o olho não faz?
"Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria capaz de absorver as imagens do universo?"
Leonardo da Vinci
"Fecharei agora meus olhos, tamparei meus ouvidos, desviar-me-ei de todos os meus sentidos, apagarei mesmo de meu pensamento todas as imagens de coisas corporais ou, pelo menos, uma vez que mal se pode fazê-lo, reputá-las-ei vãs e falsas, e assim, entretendo-me apenas comigo mesmo e considerando meu interior, empreenderei tornar-me pouco a pouco mais conhecido e mais familiar a mim. Sou uma coisa que pensa..."
Descartes
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Para inventar uma boa história, tem que apertar os botões certos.
Assistindo o filme Cortina de fumaça, destaquei uma parte da cena final, quando o escritor diz para o fotógrafo: Para inventar uma boa história, tem que apertar os botões certos. Assim como em um texto, a imagem vai depender de quem a faz. De quem a pensa. O que é realidade numa fotografia?! É o que vemos ou o que querem que vejamos? O que a torna mais real? O que o espectador percebe e sente ou o que o fotógrafo decidiu dizer?
“Afinal, o que é fotografia? (...)Uma ilusão de ótica que engana nossos olhos e nosso cérebro com uma porção de manchas sobre o papel, deixando uma sensação tão viva de que estamos diante da própria realidade retratada?” [1]
A fotografia é por assim dizer parte de quem a confeccionou...
Roberta Cadaval
[1]Kubrusly, C. O que é fotografia. p. 8
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Qual caminho queremos?
Muitas vezes durante o dia identificamos, percebemos e sentimos , através de uma série de informações visuais, espirituais e subjetivas, emoções e razões que nos levam, nos guiam!
Vamos indo, assim, no rumo da maré. tentamos (alguns) nos desgarrar, mas em um sentido ou em outro, seja ele, econômico, ético, estético, acabamos sucumbindo a uma lógica instaurada nesses tempos bárbaros...
Mas enfim, não podemos pensar, sonhar em algo por trás do muro com "cara de final da linha"?
Enquanto se torna difícil o sensível pensar em algo ainda não constituído em nossa cognição, mais distante se torna a subversão dos muros consumidos pelo consumo.
Cláudio Azevedo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Imagine-se
Imagine-se de pé sob o céu aberto. O ar está fresco e vivo e o solo está firme e sólido sob os seus pés. Respire profundamente e diga a si mesmo: "Estou vivo!" Focalize sua vitalidade e viaje para o momento de sua imaginação, como o pintor de sua própria visão interior.
Imagine um antigo círculo de pedras diante de você e, por alguns momentos, abra-se para as vibrações dos doze megalitos majestosos, eretos e dignos sob o dossel do tempo. Sinta as pedras falarem ao transmitirem a experiência do prórpio compromisso como consciência. Elas têm estado vivas e conscientes por grandiosas épocas de existência, encobertas como ossos da Terra. Caminhe em direção a uma pedra, coloque a mão sobre a superfície fria e escute como suas células, enquanto espirais douradas, abrem caminho dançando através da pedra, rumo ao agora. Caminhe de gigante em gigante, experimentando o doze e sentindo a tarefa e a energia monumental que cada pedra preserva. Tome essa energia e a transfira para si mesmo, de modo que os ossos de seu ser encham de espirais douradas.
Dirija-se agora para o centro desse anel de pedra e plante uma semente que contenha uma versão gloriosa e resplandescente da Terra, na qual ela é honrada e coroada por seu povo. Usando o conhecimento que você tem da luz e da intenção, crie uma centelha de vida para ativar essa semente. Veja o centro do círculo se expandir e a semente crescer, enquanto as espirais douradas giram em todas as direções, passando através das avenidas do doze, semeando uma nova Terra.
Agora, uma voz fala, familiar no tom e na forma, dizendo: "Nós somos você nas espirais douradas do tempo, repetindo as épocas de existência e chamando a nós mesmos. Eleve-se. Possa a sua jornada começar de novo. Seja você mesmo."
"A imaginação é a força mais poderosa ao alcance da humanidade."
Bárbara Marciniack
"A imaginação é a força mais poderosa ao alcance da humanidade."
Bárbara Marciniack
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Recortes Cotidianos
Pensando sobre o que diz Rilke no trecho de seu livro "Cartas a um jovem poeta" citado na abertura do blog, vou procurando em meu cotidiano alguns recortes que me permitam enxergar belezas escondidas ou que, por vezes, estão impercebíveis em nossa rotina anestesiada pelo ir e vir em meio as tarefas e obrigações.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Sobre fotografia...
Textos de luz
A fotografia é um recorte de um dado lugar, de um determinado ponto no espaço. Ela nos permite ir a lugares que ainda não conhecemos, permite que façamos uma viajem ao passado reconstruindo memórias. Estabelece contato com nossos antepassados e faz com que possamos reviver momentos. Pode ser utilizada como forma de expressão de um indivíduo. Dependendo da sua intenção, do sentir e do perceber a sua volta.
A palavra fotografia é de origem grega (photos = luz, graphein = escrita) e o ato fotográfico se dá na retenção de uma imagem por meio de um aparelho fotográfico, que pode ser mecânico, digital ou eletrônico, associado a um material fotossensível. Esse material fotossensível geralmente é constituído de sais de prata. O surgimento da fotografia aconteceu no ano de 1830 aproximadamente e, a sua invenção foi resultado de duas outras invenções anteriores. Uma de origem física e a outra de origem química. A primeira consistia na formação de imagens através de um dispositivo ótico e a segunda na ação da luz sobre substâncias à base de sais de prata.
A câmera fotográfica reproduz o funcionamento do olho humano. Sendo assim, é uma extensão do olho. Assim como no escuro não enxergamos imagem alguma a fotografia depende da luz para existir. Da mínima luz que seja. Assim, a luz é a essência da foto. É a fixação da luz no suporte que dá contorno ao objeto fotografado. A forma se define entre o claro e o escuro e, a luz e a sombra dão volume e profundidade. Na sua estrutura básica podemos encontrar vários elementos estudados para o desenho ou a pintura. Para a formação de uma imagem. Para a escolha do recorte “ideal”. Seu esqueleto é constituído por linhas, retângulos, triângulos, círculos, cruzamentos, sobreposições, perspectivas, planos e pontos de fuga. Cada objeto fará uma relação com o espaço a sua volta e esse espaço é determinado pelo olhar do fotógrafo. Vai de acordo com o que deseja dizer ou mostrar. Pequenos ou grandes recortes, as escolhas dos objetos e do ambiente ou da situação que será congelada pelo grande mágico podem mudar todo o sentido da foto.
A estética da fotografia é sempre reveladora da intenção do fotógrafo. Mesmo que não anuncie de imediato um dado fato, essa seria a sua intenção. A intenção de não deixar revelado por completo. De instigar os espectadores a refletir sobre o tema ou sobre a inexistência do mesmo. Ou puramente o desejo de causar experiência estética. Ou de sentir essa experiência.
De qualquer forma, toda fotografia exprime algo. Uma vontade, um desejo, uma sensação. Um “querer dizer algo” mesmo que não diga nada. Até mesmo uma criança pequena, que pode não entender as formas da imagem nem o mecanismo de um aparelho fotográfico, mas que, no ato fotográfico, exprime a vontade de apertar o botão da câmera e assim, marca essa vontade, congelando a si mesma ou a uma imagem qualquer que revela o contexto do lugar onde ela estava. A fotografia, assim dizendo, é para mim um texto confeccionado pela imaginação do artista/fotógrafo que revela o “querer dizer algo”, escrito com a luz.
"A questão decerto não é mais "qual a questão que nos é colocada por uma foto?", nem "o que um filósofo pode fazer com uma foto?" ..., mas antes "com o que uma fotografia pode ter algo a ver desde o momento em que se a faz?" (Denis Roche)
A palavra fotografia é de origem grega (photos = luz, graphein = escrita) e o ato fotográfico se dá na retenção de uma imagem por meio de um aparelho fotográfico, que pode ser mecânico, digital ou eletrônico, associado a um material fotossensível. Esse material fotossensível geralmente é constituído de sais de prata. O surgimento da fotografia aconteceu no ano de 1830 aproximadamente e, a sua invenção foi resultado de duas outras invenções anteriores. Uma de origem física e a outra de origem química. A primeira consistia na formação de imagens através de um dispositivo ótico e a segunda na ação da luz sobre substâncias à base de sais de prata.
A câmera fotográfica reproduz o funcionamento do olho humano. Sendo assim, é uma extensão do olho. Assim como no escuro não enxergamos imagem alguma a fotografia depende da luz para existir. Da mínima luz que seja. Assim, a luz é a essência da foto. É a fixação da luz no suporte que dá contorno ao objeto fotografado. A forma se define entre o claro e o escuro e, a luz e a sombra dão volume e profundidade. Na sua estrutura básica podemos encontrar vários elementos estudados para o desenho ou a pintura. Para a formação de uma imagem. Para a escolha do recorte “ideal”. Seu esqueleto é constituído por linhas, retângulos, triângulos, círculos, cruzamentos, sobreposições, perspectivas, planos e pontos de fuga. Cada objeto fará uma relação com o espaço a sua volta e esse espaço é determinado pelo olhar do fotógrafo. Vai de acordo com o que deseja dizer ou mostrar. Pequenos ou grandes recortes, as escolhas dos objetos e do ambiente ou da situação que será congelada pelo grande mágico podem mudar todo o sentido da foto.
A estética da fotografia é sempre reveladora da intenção do fotógrafo. Mesmo que não anuncie de imediato um dado fato, essa seria a sua intenção. A intenção de não deixar revelado por completo. De instigar os espectadores a refletir sobre o tema ou sobre a inexistência do mesmo. Ou puramente o desejo de causar experiência estética. Ou de sentir essa experiência.
De qualquer forma, toda fotografia exprime algo. Uma vontade, um desejo, uma sensação. Um “querer dizer algo” mesmo que não diga nada. Até mesmo uma criança pequena, que pode não entender as formas da imagem nem o mecanismo de um aparelho fotográfico, mas que, no ato fotográfico, exprime a vontade de apertar o botão da câmera e assim, marca essa vontade, congelando a si mesma ou a uma imagem qualquer que revela o contexto do lugar onde ela estava. A fotografia, assim dizendo, é para mim um texto confeccionado pela imaginação do artista/fotógrafo que revela o “querer dizer algo”, escrito com a luz.
"A questão decerto não é mais "qual a questão que nos é colocada por uma foto?", nem "o que um filósofo pode fazer com uma foto?" ..., mas antes "com o que uma fotografia pode ter algo a ver desde o momento em que se a faz?" (Denis Roche)
domingo, 13 de julho de 2008
Reflexos e Reflexões
Reflexos e Reflexões
Reflexões entre o real e o imaginário...
"a realidade se confundia com o sonho. Melhor dizendo, o real era uma virtualidade do sonho". (Jorge Luis Borges)
"quanto mais um acontecimento lhe parecerá inverossímil, mais você poderá ter certeza que ele é exato". (Alejo Carpentier)
O que vejo? O olhar? A imagem? Uma percepção. A percepção de quem sente o invisível.
Uma imagem: um reflexo.
Uma reflexão...
Reflexo: 1.Que se volta sobre si mesmo.
Reflexão: 1. Ato ou efeito de refletir(se). 2. Volta da consciência, do espírito, sobre si mesmo, para exame de seu próprio conteúdo.
Reflexão: 1. Ato ou efeito de refletir(se). 2. Volta da consciência, do espírito, sobre si mesmo, para exame de seu próprio conteúdo.
Continua...
Imaginário Criativo
Imaginando, refletindo, criando.
Nos entremeios das nossas vidas, atuando e propondo ações que despertem reflexões que interfiram nas mentes, nas vidas, nas práticas de todos que por aqui passarem.
"Caso o seu cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele, reclame de si mesmo, diga para si mesmo que não é poeta o bastante para evocar suas riquezas; pois para o criador não há nenhuma pobreza e nenhum ambiente pobre, insignificante."
(RILKE, Cartas a um jovem poeta)
Nos entremeios das nossas vidas, atuando e propondo ações que despertem reflexões que interfiram nas mentes, nas vidas, nas práticas de todos que por aqui passarem.
"Caso o seu cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele, reclame de si mesmo, diga para si mesmo que não é poeta o bastante para evocar suas riquezas; pois para o criador não há nenhuma pobreza e nenhum ambiente pobre, insignificante."
(RILKE, Cartas a um jovem poeta)
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