terça-feira, 12 de agosto de 2008

Qual caminho queremos?



Muitas vezes durante o dia identificamos, percebemos e sentimos , através de uma série de informações visuais, espirituais e subjetivas, emoções e razões que nos levam, nos guiam!
Vamos indo, assim, no rumo da maré. tentamos (alguns) nos desgarrar, mas em um sentido ou em outro, seja ele, econômico, ético, estético, acabamos sucumbindo a uma lógica instaurada nesses tempos bárbaros...
Mas enfim, não podemos pensar, sonhar em algo por trás do muro com "cara de final da linha"?
Enquanto se torna difícil o sensível pensar em algo ainda não constituído em nossa cognição, mais distante se torna a subversão dos muros consumidos pelo consumo.
Cláudio Azevedo.

Um comentário:

Sheila C.S. disse...

"Pensar em algo ainda não constituído em nosssa cognição..." Fico a pensar sobre essa expressão... Será possível? Eu não tenho a resposta, mas algumas coisas que andei lendo e estudando me levaram a perceber que muitas vezes podemos até querer algo, algo diferente, digamos assim, podemos sentir algo, mas corremos o risco de não reconhecer essas coisas caso não estejam significadas de alguma forma em nossa mente, ou seja, tomo um exemplo de uma criança que desde suas primeiras experiências em família nunca tenha recebido carinho e/ou amor, ou melhor, palavras de carinho e amor... O que quero dizer é que se ninguém dizer a ela que a ama, se os sentimentos que ela ou os outros sentem não puderem ser nomeados ou significados de alguma forma, ela corre o risco de se defrontar com inúmeras situações que envolvam esse sentimento e não saber reconhecê-lo. A partir disso eu fico me perguntando como identificar esse algo ainda não constituído que podemos vir a desejar... Como reconhecê-lo? Com certeza há formas...talvez os mais sensíveis tenham mais chances de não sucumbir tão facilmente a uma lógica como colocaste, talvez exercitando o olhar para dentro...
Impossível não lembrar do mito da caverna... a maioria dos prisioneiros não acreditou na possibilidade de um novo mundo, como reconheceriam essa possibilidade? Talvez porque não sonhassem com algo por trás do muro...
Importante que tenhamos ao menos o cuidado de estarmos atentos ao nosso íntimo, penso que assim alguns caminhos laterais se abrem nessa estrada, mesmo que sempre façam com que retornemos a estrada mais movimentada (a estrada principal?), mas tendo a oportunidade de descobrir alguns atalhos pode ser que mais cedo ou mais tarde acabemos em um lugar até então não concebido pela nossa cognição, ou melhor, pode ser que acabemos transformando de tal forma a estrada principal que possamos então reconhecê-la como genuinamente nossa. Vamos sonhando...!!! hehe abço p/ vcs!